O Ministério da Saúde anunciou, nesta terça-feira (9), as diretrizes para o uso da nova vacina contra a dengue, o primeiro imunizante de dose única do mundo produzido pelo Instituto Butantan. O lote inicial, com 1,3 milhão de doses, deve ser distribuído até o fim de janeiro de 2026.
A campanha começará por grupos considerados prioritários. A primeira etapa será destinada aos trabalhadores da Atenção Primária, que atuam diretamente nas unidades básicas de saúde. Em seguida, a imunização será ampliada para adultos de 59 anos, começando pelos mais velhos e avançando gradualmente para faixas etárias mais jovens.
O Sistema Único de Saúde já oferece outra vacina contra a dengue, fabricada por um laboratório japonês, aplicada em duas doses e indicada para adolescentes de 10 a 14 anos. Desde que passou a integrar o calendário público, em 2024, mais de 7,4 milhões de doses foram aplicadas. Para 2026, o ministério prevê a entrega de 9 milhões de novas doses, com estimativa de repetir o volume em 2027.
A nova vacina do Butantan protege contra os quatro sorotipos do vírus e, conforme houver aumento da produção, será disponibilizada ao público geral, alcançando progressivamente pessoas a partir de 15 anos.
A ampliação da oferta será possível por conta da parceria entre o Butantan e a empresa chinesa WuXi Vaccines, que irá colaborar na produção em maior escala e na transferência de tecnologia. A definição dos grupos prioritários foi discutida pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização.
Nos estudos clínicos, o imunizante apresentou eficácia de 74,7% contra casos sintomáticos de dengue e de 89% contra formas graves ou com sinais de alarme em pessoas de 12 a 59 anos. Os dados embasaram o registro concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária na segunda-feira (8).
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