O apresentador e influenciador Jonas Almeida, de 46 anos, usou suas redes sociais para fazer um alerta de saúde que pode ajudar a salvar vidas. Em maio deste ano, ele foi diagnosticado com câncer de pulmão em estágio inicial. A descoberta aconteceu de forma inesperada, após a realização de exames motivados por um quadro de pneumonia.
A tomografia indicou a presença de um tumor ainda em fase inicial, o que permitiu o início imediato do tratamento. Segundo Jonas, o diagnóstico precoce foi determinante para a condução do caso e para as chances de sucesso terapêutico.
O apresentador chama atenção para um ponto importante: ele nunca foi fumante. Apesar disso, possui histórico familiar significativo da doença, já que o avô e uma tia também enfrentaram o câncer de pulmão. Esse fator levou os médicos a investigarem causas genéticas, uma vez que uma parcela menor dos casos da doença está associada à hereditariedade.
Durante a investigação, Jonas recebeu o diagnóstico da síndrome de Li-Fraumeni, uma condição genética rara que aumenta de forma expressiva o risco de desenvolver diferentes tipos de câncer ao longo da vida, muitas vezes em idades jovens. A síndrome está relacionada a mutações no gene TP53, responsável por ajudar o organismo a impedir a formação de tumores.
Como é feito o diagnóstico da síndrome de Li-Fraumeni
O diagnóstico leva em consideração o histórico familiar, especialmente quando há muitos casos de câncer na família e diagnósticos em idades jovens. Além disso, é realizado um teste genético, feito a partir de sangue ou saliva, para identificar mutações no gene TP53. Atualmente, esse é o único meio de confirmar a presença da síndrome.
Ao compartilhar sua história, Jonas reforça a importância de ouvir os sinais do corpo, investigar sintomas persistentes e valorizar o histórico familiar nas consultas médicas. Segundo ele, se a experiência puder ajudar alguém a buscar um diagnóstico mais cedo, o relato já terá cumprido seu propósito.
Ainda pouco conhecida fora do meio oncológico, a síndrome de Li-Fraumeni costuma ser subdiagnosticada. Por isso, o relato público do apresentador ganha relevância ao ampliar o debate sobre prevenção, genética e diagnóstico precoce.
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