Você sabia que desde o ano passado o aterro sanitário de São José dos Campos conta com um sistema que transforma o biogás liberado pela decomposição do lixo em energia elétrica?
O processo é possível porque o lixo orgânico, ao se decompor, libera biogás, uma mistura de gases como o metano (CH₄), altamente inflamável e com forte potencial de aquecimento global. Em vez de ser liberado na atmosfera, esse gás é captado e usado como combustível em geradores instalados no próprio aterro.
Atualmente, são seis motores que juntos produzem até 1,6 megawatt-hora (MWh), quantidade suficiente para abastecer cerca de 30% do consumo de energia de prédios da Prefeitura. Essa energia é compensada por meio de créditos na conta de luz, resultando em uma economia mensal superior a R$ 214 mil, que ao longo de 2024 chegou a aproximadamente R$ 2,5 milhões, segundo balanço da Prefeitura.
Além da economia, o processo evita a liberação de metano, um gás até 21 vezes mais poluente que o dióxido de carbono (CO₂), ajudando a reduzir o impacto ambiental do aterro.
Desta forma, aquilo que muitas vezes é descartado sem pensar duas vezes, como restos de comida, papel e outros materiais orgânicos, acaba ganhando uma “segunda vida” como fonte de energia limpa.