O comércio brasileiro deve movimentar R$ 5,4 bilhões durante a Black Friday de 2025, segundo estimativa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). O valor representa aumento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação. O levantamento considera o comportamento de consumo consolidado no Brasil, em que promoções se estendem por todo o mês de novembro.
Alguns estabelecimentos já operam com ofertas antecipadas, mas a data tradicional acontece na última sexta-feira de novembro, que neste ano ocorre nesta sexta (28).
De acordo com a estimativa da CNC, os setores com maior capacidade de vendas são:
hiper e supermercados (R$ 1,32 bilhão); eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 1,24 bilhão); móveis e eletrodomésticos (R$ 1,15 bilhão); vestuário, calçados e acessórios (R$ 950 milhões); farmácias, perfumarias e cosméticos (R$ 380 milhões); e livrarias, papelarias, informática e comunicação (R$ 360 milhões).
A Black Friday está entre os períodos mais relevantes para o faturamento do varejo nacional, ficando atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. Ainda assim, o crescimento das vendas enfrenta limitações estruturais. A taxa média de juros das operações de crédito livre para pessoas físicas atingiu 58,3% ao ano, o maior nível para o período desde 2017. Além disso, 30,5% das famílias apresentavam contas em atraso, reduzindo o espaço para compras parceladas e compromissos adicionais.
Outro fator que influencia o desempenho do varejo é a competição crescente com o comércio internacional. Parte dos consumidores migra para plataformas estrangeiras, atraída por preços reduzidos, variedade e prazos de entrega que se tornaram mais competitivos.
A CNC também monitorou diariamente 150 preços distribuídos em 30 categorias de produtos. O estudo identificou que 70% das categorias apresentaram queda consistente superior a 5%. As reduções mais expressivas ocorreram em itens de papelaria, livros, joias, perfumaria, utilidades domésticas, higiene pessoal e moda.
A entidade lembra que a Black Friday brasileira ganhou força a partir de 2010, quando movimentou R$ 1,52 bilhão, ainda concentrada em poucos segmentos. Desde então, a expansão do evento levou órgãos de defesa do consumidor a reforçarem orientações para garantir compras mais seguras.
Como evitar golpes durante a Black Friday
Órgãos como a Secretaria Nacional do Consumidor alertam para cuidados essenciais antes da compra. A recomendação é verificar preços reais, conferir prazos de entrega, checar a reputação das lojas, e observar se o site possui certificado de segurança. Também é importante analisar políticas de troca e devolução, além de desconfiar de descontos muito acima da média.
Especialistas também destacam o avanço de golpes que utilizam inteligência artificial, especialmente em vídeos, anúncios e perfis falsos. Sinais comuns incluem vozes artificiais, imagens com distorções, movimentos incoerentes, personalidades aparecendo em contextos duvidosos e erros de sincronização. Em caso de suspeita, o consumidor deve buscar canais oficiais da marca e registrar reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.
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