Por Cláudia Del Corto
O ano novo chegou. Começam os preparativos para o retorno às aulas. Momento de pensar na lista de materiais e uniformes. Algumas famílias relatam terem feito isso em dezembro, outras ainda estão neste processo. Umas dizem preferir comprar sem a presença da criança ou do jovem, pois caso contrário eles se agarram a marcas e personagens, o que encarece as compras. Outras dizem que levam os filhos maiores e raramente os menores, deixando-os apenas escolher um item ou outro. “É melhor deixar as crianças em casa!
Loja lotada, nem pensar!”, “Vou deixar escolher só os cadernos, estojo e canetas. Isso basta!”
Esse processo pode ser rico e as crianças e jovens não deveriam ficar de fora dele. É importante inseri-los de forma cada vez mais consciente. A educação financeira deve se iniciar bem cedo na vida deles e essa pode ser uma excelente oportunidade. Para isso, sugiro algumas dicas que podem se estender para outros momentos da vida, para além do material escolar.
1º Dar a lista para a criança ou jovem e convidá-los a verificar tudo que já tem em casa. Pense que essa é uma atividade para ser partilhada entre adultos e os mais novos. Diante do que possuem, marcar o que pode ser reutilizado, o que deve ser descartado e o que pode ser doado (livros, uniformes etc.).
2º Revisar a lista e fazer uma tabela para que, juntos, pesquisem os preços dos itens que precisam ser adquiridos, em pelo menos três lojas diferentes (pode ser feito online). Com isso adquirem parâmetro para o próximo momento.
3º Analisar juntos a tabela e ver o melhor lugar para se comprar e o quanto se economizará.
Parece simples, mas esses três momentos envolvem, de forma integrada, tanto funções cognitivas fundamentais de análise, estabelecimento de relação, síntese e planejamento, como emocionais no sentido de lidar com o que se tem e o que se pretende adquirir, autocontrole e pertencimento. Isso pode parecer trabalhoso no começo, mas a prática o torna natural e acaba fazendo parte da vida. Que tal experimentar praticar com as crianças e jovens o consumo consciente a partir de algo que os envolve diretamente?
Cláudia Del Corto mora e tem um espaço de atendimento em psicopedagogia e psicanálise no Urbanova
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