Contas de água muito acima do normal geram indignação entre moradores do Urbanova

Moradores do Urbanova, em São José dos Campos, têm relatado um aumento expressivo nas contas de água nos últimos meses, especialmente nas faturas de outubro. Em vários imóveis, os valores vieram muito acima da média habitual, causando indignação entre os consumidores.

Em alguns casos, residências que costumavam pagar entre R$ 200 e R$ 300 receberam cobranças superiores a R$ 700 e até R$ 1.300. Os relatos se repetem em diferentes pontos do bairro. Muitos moradores afirmam não ter alterado a rotina de consumo e dizem não ter identificado vazamentos internos após realizarem os mesmos testes simples no hidrômetro que o Procon e a ARSESP recomendam: fechar todas as torneiras e registros do imóvel e observar se o ponteiro do hidrômetro segue girando.

Ao buscar esclarecimentos junto à Sabesp, os consumidores foram informados de que as medições teriam sido realizadas corretamente. Ainda assim, a diferença entre o valor histórico e o atual tem gerado questionamentos e sensação de injustiça. “Não sei como isso pode ser normal se nada mudou em nossa rotina nos últimos 30 dias. Somos apenas três pessoas em casa”, relatou uma moradora.

O diretor do Procon, Georges Assaad, orienta: “Quando o consumidor identifica um aumento anormal no valor da fatura de água sem que haja sinais de vazamento interno ou alteração no consumo habitual, ele deve solicitar à Sabesp uma verificação técnica do hidrômetro.” O objetivo da visita é identificar falha na medição, erro de leitura ou problema no equipamento.
Durante esse processo, o consumidor deve anotar o protocolo de atendimento e guardar todas as faturas anteriores para comparação. “Se, após a vistoria, a cobrança for considerada indevida, o valor deve ser revisto, compensado ou reembolsado conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.”

O diretor ainda salienta que, em casos gerais, o consumidor deve buscar orientação diretamente com a concessionária. “É recomendado em situações específicas, como suspeita de fraude, adulteração ou violação do lacre do hidrômetro. Ele funciona como documento formal para reforçar ações administrativas ou judiciais.”

O Procon afirma que o prazo para a concessionária responder à solicitação do consumidor é de até 10 dias úteis. “Esse prazo vale, por exemplo, para solicitações de vistoria, revisão de consumo, verificação de hidrômetro ou reclamações de cobrança”, salienta Assaad. Se o serviço ou análise demandar mais tempo (ex.: aferição de hidrômetro em laboratório), a Sabesp deve informar o prazo estimado para conclusão.

Quando o consumidor não obtém solução junto à Sabesp, ele pode acionar a ARSESP. A concessionária tem até 10 dias úteis para confirmar o recebimento da solicitação. Em seguida, a ARSESP analisa o caso e envia uma resposta ao usuário em até 20 dias úteis. Se necessário, esse prazo pode ser prorrogado por mais 10 dias, dependendo da complexidade da demanda. Dessa forma, o processo completo pode levar até 30 dias úteis, incluindo análise, vistoria e eventual comunicação de solução ao consumidor.

Em nota, a Sabesp informou que “variações no consumo, alterações na rotina e vazamentos internos podem impactar o valor das faturas. Períodos de calor intenso tendem a aumentar o uso de água, refletindo em contas mais altas.”

A concessionária orienta que, em caso de dúvida, os moradores verifiquem torneiras, chuveiros, vasos sanitários e tubulações.
Equipamentos como irrigadores automáticos, piscinas e sistemas de refrigeração também podem causar aumento no consumo se houver falhas ou vazamentos imperceptíveis. Os clientes podem registrar solicitações e pedir nova verificação das leituras pelos canais oficiais: Telefone 0800 055 0195; WhatsApp (11) 3388-8000; Agência Virtual www.sabesp.com.br