ESPAÇO DO LEITOR
REFLEXÃO
(Novembro de 2015)
Por Fátima Gamallo, jornalista
Por que usar algo tão bélico para extravasar a alegria? Mudar um comportamento não é fácil, muitas pessoas não querem pensar sobre isso. Outro dia postei um comentário-desabafo no grupo bairro, no Facebook, com a intenção de fazer as pessoas refletirem sobre a necessidade de soltar fogos. O post teve “curtidas”, comentários de apoio e, como era de se esperar, muitos comentários que foram da grosseria à ironia, típicos dos haters que invadiram as redes sociais. Eu não esperava unanimidade, toda mudança leva tempo para acontecer, mas o que mais surpreende é a total falta de vontade de algumas pessoas, que se recusam ao menos a pensar a respeito. Você já parou para pensar sobre esse hábito de estourar “bombas” só para dizer ao mundo que está feliz? Não parece algo muito antigo? E por que motivo a sociedade do século XXI quer manter um costume da Idade Média? Hoje sabemos que o uso de fogos de artifício é uma agressão ao meio ambiente, muitas substâncias tóxicas são lançadas ao ar quando há detonação de fogos. Além disso, o barulho excessivo prejudica a fauna nativa e os animais de estimação. Alguns podem até ser treinados a suportar, mas nem todos conseguem. Há também as pessoas enfermas e as crianças pequenas, que têm o sono interrompido por um ruído assustador. Aquele momento de alegria pelo gol do seu time favorito, ou pela comemoração de datas especiais dura tão pouco e causa tantos danos, será que não temos outra maneira de compartilhar nosso sentimento com o mundo?
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