Por Fabiana Pupio
Em junho deste ano, a Revista Urbanova divulgou um vídeo que mostrava dois rapazes passando de carro na passarela de ciclistas e pedestres do Urbanova. O vídeo teve grande impacto nas redes sociais e muitas manifestações de indignação da população. Encaminhamos a denúncia à prefeitura, que após alguns dias de análise concluiu que se tratava de um fato isolado e nada precisava ser feito.
O fato é que passar de carro na passarela virou moda! Sim, muitas outras pessoas decidiram “viver essa emoção”. Localizamos mais um vídeo nas redes sociais exibindo tal feito. A mensagem era de grande alegria e realização de um sonho. A jovem dizia: “Sempre quis fazer isso”! Afirmo que muitas outras pessoas já passaram por lá de carro, pois a Revista Urbanova já recebeu muitos relatos.
Por fim, após a divulgação do segundo vídeo a prefeitura decidiu instalar seis pequenos postes com a finalidade de impedir que essa moda causasse alguma tragédia. O investimento foi de R$ 744,00. “A medida tomada visa preservar a segurança das pessoas que utilizam o local, bem como conservar a estrutura da ponte, tendo em vista que esta foi projetada para o trânsito de pessoas a pé e de bicicleta e não de veículos”, informou a Secretaria de Mobilidade Urbana
“É um absurdo mudar a paisagem da passarela por conta desses irresponsáveis”, disse uma pessoa no comentário de uma postagem na página da Revista Urbanova, no facebook. “Se todos tivessem educação, não seria necessário”, postou outro. Outros garantiram que “Isso não segura nada, vão derrubar os postes e passar mesmo assim”.
A que ponto chegamos? Já pararam para pensar nos rumos que a sociedade está tomando? Pensem bem: uma passarela feita para garantir a segurança de pedestres e ciclistas sendo usada de maneira irresponsável por jovens para ostentar loucura nas redes sociais, para conseguirem likes, serem vistos como “engraçadões da galera”. Tive a oportunidade de conversar com a garota que postou o segundo vídeo. Obviamente ela negou estar no veículo, me pediu desculpas por ter ajudado a divulgar isso, pois ela não tinha ideia que isso podia ser perigoso ou errado. Também li comentários do tipo: “Só se vive uma vez, moça”.
Fica a reflexão…
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