Início Outras Reportagens 52° Semana Cassiano Ricardo comemora 90 anos da obra ‘Martim Cererê’

52° Semana Cassiano Ricardo comemora 90 anos da obra ‘Martim Cererê’

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Semana terá programação de 20 a 27 de outubro, com várias atividades em diferentes locais da cidade - Arte: FCCR - Foto: PMSJC

A Semana Cassiano Ricardo chega à 52ª edição neste ano com uma programação que tem como destaque os 90 anos de lançamento do livro de poesias Martim Cererê, uma das mais importantes obras do poeta joseense. A semana será aberta no próximo sábado (20), às 20h, com um espetáculo do Coro Jovem de São José dos Campos, no Teatro Municipal, e prossegue até o dia 27 deste mês. Confira a programação completa.

Também fazem parte da programação a Academia Joseense de Letras, os jornalistas e escritores Júlio Ottoboni e Luiz Octávio de Lima, artistas, poetas e grupos musicais da cidade. A programação abriu um espaço maior, neste ano, para participação de estudantes das redes pública e privada, como forma de popularizar cada vez mais a história e a vida deste importante ícone na literatura joseense.

Neste período serão realizados debate, intervenção teatral, show, sarau, apresentação de livro, palestra, espetáculo musical e entrega do troféu Cassiano Ricardo à cientista social e folclorista Angela Savastano. As atividades serão realizadas em diferentes locais da cidade, como o Teatro Municipal e o Museu Municipal, Praça João Mendes (Praça do Sapo), casas do idoso (sul e norte) e Parque Vicentina Aranha.

Martim Cererê

“A obra Martim Cererê representa o ponto alto da vertente nacionalista e ufanista do verde-amarelismo. Constituído de poemas de formas e ritmo variados, neste livro, Cassiano descreve a formação do povo brasileiro e a saga na constituição do território nacional”. As afirmações são do jornalista e escritor Júlio Ottoboni, estudioso da vida e obra de Cassiano Ricardo.

Segundo Ottoboni, os joseenses Euclides Miragaia, uma das primeiras vítimas do principal conflito armado das Américas no século XX, e Cassiano Ricardo, assessor do governo paulista, e seu livro Martim Cererê, se tornaram peças fundamentais no cenário histórico da revolução constitucionalista.

“Cassiano Ricardo se tornou um dos maiores poetas do movimento modernista brasileiro e está entre os maiores escritores das Américas, tecendo uma trajetória gloriosa como membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia Paulista e homenageado tanto no Brasil quanto no exterior. E o livro Martim Cererê é, ainda, um único título do poeta que nunca deixou de ser editado”, completou o jornalista.

A obra ‘Martim Cererê’ pode ser encontrada na Biblioteca Pública Cassiano Ricardo, no centro da cidade, onde estão disponíveis, para leitura e empréstimo (mediante cadastro), sete exemplares. Outro local onde é possível ter acesso ao livro é no Arquivo Público do Município, onde existem nove exemplares (um em língua espanhola), mas somente para leitura. O arquivo fica no Parque da Cidade.

‘São Paulo em Chamas’

Também está inserido na programação uma palestra com o jornalista Luiz Octávio de Lima, autor livro ‘1932: São Paulo em Chamas’, onde ele trata da Revolução Constitucionalista que eclodiu na capital paulista em julho de 1932 e teve reflexos em todo o país. Luiz Octávio de Lima é jornalista, formado pela PUC-RJ e com MBA em Economia pela Unicamp – Facamp.

Atuou nas redações de O Globo, Folha de S. Paulo, Veja, O Estado de S. Paulo, Época e Exame. Foi finalista do Prêmio Jabuti 2015, com o livro ‘Pimenta Neves: uma reportagem’. Fez parte da equipe vencedora do prêmio Esso de Jornalismo, na categoria Melhor Contribuição à Imprensa, com a criação do Museu da Corrupção, em 2009.

Histórico 

A primeira edição da Semana Cassiano Ricardo aconteceu em 27 de julho de 1967 e contou com a presença do poeta joseense, que discursou na abertura do evento, no prédio da Antiga Câmara Municipal, onde atualmente funciona o Museu Municipal.

O poeta, jornalista e escritor Cassiano Ricardo Leite nasceu em 26 de julho de 1894 em São José dos Campos e faleceu em 14 de janeiro de 1974 no Rio de Janeiro.  Ele foi um dos líderes do movimento pela Semana de Arte Moderna de 1922 e ocupou a cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras.

 

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