Por Dr. Frederico Mazza
Uma pesquisa no Reino Unido, publicada no jornal The Telegraph, afirma que a obesidade está relacionada aos casos graves da doença. No estudo, 7 a cada 10 pacientes internados em estado grave em UTIs pela COVID-19, eram obesos ou tinham sobrepeso, e destes, 40% tinham menos de 60 anos, e poucos tinham outros problemas de saúde, se não a própria obesidade.
O tecido adiposo, produz uma série de substâncias que aumentam a inflamação em todo o organismo, prejudicando o trabalho das células de defesa e, por isso, elas teriam uma maior dificuldade de “eliminar” o vírus do corpo do paciente.
Portanto, quem engorda está mais susceptível a infecções em geral, o que é reversível com uma perda de peso controlada.
Uma redução de 5% a 10% do peso corporal já proporciona melhoras significativas da inflamação, e consequentemente, uma melhora da imunidade. Uma substância chave que aumenta com a perda de peso, é a adiponectina, que ajuda a melhorar o sistema imunológico e reduz o risco de infecções como resfriados, gripes, e potencialmente o novo coronavirus.
No Brasil onde mais de 55% da população encontra-se fora do peso, grandes hospitais começam a perceber a mesma relação da obesidade com casos graves da COVID-19, também associada às comorbidades como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares entre outras. Manter um perfil alimentar adequado, atividades de bem-estar, e um compromisso com a atividade física, acaba sendo agora, também uma medida de prevenção e combate ao novo coronavirus.
Dr. Frederico Mazza é Endocrinologista e Metabologista (CRM 123774 SP 123.774 SP)
@fredericomazza