Acidente na ciclovia do Urbanova levanta discussão sobre as regras de compartilhamento do espaço e uso de equipamentos de segurança.

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Na última segunda (18) duas bicicletas colidiram na ciclovia da Avenida Linneu de Moura, no Urbanova. Um ciclista seguia na ciclovia sentido bairro quando foi surpreendido por uma bicicleta motorizada na contramão. A batida foi forte e os dois bateram a cabeça. O rapaz que conduzia a bicicleta motorizada estava sem capacete, já o ciclista usava capacete e luva. Ele relata que a bicicleta motorizada parecia estar desgovernada e, ao invadir a pista oposta, o choque foi inevitável.

Assim que se recompôs minimamente do choque, a pessoa que estava guiando a bicicleta motorizada iniciou evasão do local recusando ajuda ou resgate, em mesmo momento em que um agente de mobilidade se aproximava. O mesmo reclamava de dores no nariz, supostamente fraturado e pelo corte no rosto. A bicicleta dele ficou muito danificada na colisão e quase o impediu de deixar o local. Em uma das fotos é possível constatar que a bicicleta motorizada estava desprovida de freio dianteiro e a aceleração era feita através de um cabo puxado diretamente com a mão. Apesar da pancada muito forte ter gerado muitas dores no corpo e algumas escoriações, as lesões ou danos a minha bicicleta foram bem menores”, relatou o ciclista que preferiu não se identificar.

Segundo a vítima, o agente de mobilidade, mesmo tendo presenciado o acidente, informou que não poderia fazer nada. Entramos em contato com a Secretaria de Mobilidade Urbana, que se posicionou por meio de uma nota. “A Prefeitura de São José dos Campos informa por meio da Secretaria de Mobilidade que o agente da mobilidade acionou os órgãos competentes para o atendimento da ocorrência. Os agentes estão autorizados a dar apoio operacional no trânsito em casos de interferência viária. Com relação às vítimas, a competência é de órgãos como Corpo de Bombeiros, SAMU e Polícia Militar”.

Hoje é o comum o uso de diversos modais nas ciclovias, como bicicletas elétricas, , patinetes e bicicletas tradicionais, além da presença de pedestres. Para que a segurança de todos seja garantida é preciso respeitar a sinalização e regras do espaço compartilhado. Também é recomendado o uso de capacete.

Esse contexto levanta o questionamento sobre a aderência às regras e uso da efetiva fiscalização da ciclovia dada a crescente utilidade da via pública no lazer e principalmente no transporte de pessoas, incluindo crianças. O acidente também reascende o questionamento sobre quão preparada ou informada a população está quanto ao uso consciente de recurso (ciclovia) que deveria proporcionar solução de transporte de baixo impacto para transporte seguro no dia a dia. Solução essa que também ajuda e reduzir o trânsito em vias com picos de saturação, como é exatamente o caso da Av. Lineu de Moura. Medidas efetivas na prevenção e monitoramento do risco em ciclovias precisam ser tomadas para que ocorrências similares ou ainda mais graves sejam evitadas”, analisou a vítima do acidente.

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