Após 1º caso de sarampo prefeitura de São José intensifica vacinação

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Sarampo-Urbanova
UBS no Jardim Santa Inês 2, região leste de São José dos Campos - Foto: Claudio Vieira/PMSJC

A Prefeitura de São José dos Campos fará uma intensificação de vacinação contra o sarampo depois da confirmação do primeiro caso da doença no município. A estratégia foi definida na manhã desta quarta-feira (10) pela Secretaria de Saúde e a unidade regional da Vigilância Epidemiológica do Estado.

Além de um caso confirmado, estão sendo investigados outros 5 suspeitos. Assim, mesmo sem confirmação oficial, deverão ser vacinadas as pessoas que podem ter tido contato com todos esses pacientes, como parentes, amigos e vizinhos (veja orientações abaixo).

O caso confirmado nesta quarta-feira pela Vigilância é de um menino de 11 meses, que começou a apresentar os primeiros sintomas da doença, como febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas pelo corpo, no dia 14 de junho. Ele foi atendido em um hospital particular da cidade, mas não chegou a ser internado e seu estado de saúde evoluiu de forma satisfatória, sem gravidade.

Assim que foi notificada pela unidade, a Vigilância começou a investigar o caso. Os exames colhidos foram enviados para análise do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que confirmou tratar-se do primeiro caso de sarampo no município desde 1999, quando foram registrados 4 casos.

Todas as ações de bloqueio e reforço vacinal começaram a ser feitas pelas equipes das unidades básicas, sob orientação da Vigilância Epidemiológica. Por se tratar de uma doença altamente contagiosa, mais de 60 pessoas, entre familiares, amigos e funcionários da unidade hospitalar que tiveram contato com a criança foram vacinadas. Como a criança não frequenta creche, não houve necessidade de vacinação em unidade escolar.

Também foi realizada vacinação de casa em casa nas redondezas de onde o menino mora, no Jardim Santa Inês, e por onde ele costuma frequentar, como a casa dos avós, em Eugênio de Melo e bairros adjacentes, na região leste de São José dos Campos. Nestes locais, 260 pessoas já foram vacinadas.

A Prefeitura está orientando os moradores destes bairros a procurar a unidade básica para atualização da carteira vacinal.

Os outros 5 casos suspeitos, todos sem gravidade, são de moradores dos bairros Galo Branco (3), São Dimas e Palmeiras de São José. A Vigilância está investigando a situação destes pacientes e aguardando o resultado que pode ou não confirmar a doença. O protocolo, no entanto, exige medidas preventivas de vacinação indiscriminada de pessoas que tiveram contato com eles e moram nas redondezas de suas residências.

A doença

O sarampo é uma doença viral aguda, que apresenta como sintomas febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular). Pode evoluir com complicações entre crianças menores de cinco anos, em adultos maiores de 20 anos, em indivíduos com imunodepressão ou em condições de vulnerabilidade e gestantes.

A transmissão é direta de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou espirrar e que permanecem dispersas no ar, principalmente em ambientes fechados como escolas, creches, clínicas, meios de transporte.

As pessoas infectadas são geralmente contagiosas cerca de 6 dias antes do aparecimento da erupção cutânea e até 4 dias depois. Os sintomas aparecem em média de 10 a 12 dias desde a data da exposição.

A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba. São recomendadas duas doses, aos 12 meses e 15 meses de vida. Em São José dos Campos, a cobertura vacinal das crianças desta faixa etária é de 89,32%.

Nos últimos anos, observou-se uma ocorrência global de casos de sarampo, e de surtos de rubéola em países a oeste do pacífico e sudeste asiático. Desde fevereiro de 2018, o Brasil tem reportado a circulação do vírus do sarampo em 11 estados da federação.

Em 2019, dois estados brasileiros continuam registrando casos, indicando circulação mantida do vírus. Em 2019, até 23 de maio, o Estado de São Paulo registrou 36 casos confirmados de sarampo, sendo 11 com registro de internação e quatro em profissionais de saúde.

Orientações da Vigilância Epidemiológica

  • Bloqueio vacinal indiscriminado de parentes e vizinhos dos casos confirmados e suspeitos. Neste caso, mesmo quem já recebeu duas doses deve ser vacinado
  • Jovens de 15 meses a 29 anos sem o registro de duas doses, precisa tomar a vacina
  • Profissionais de saúde devem tomar duas doses
  • Acima de 29 anos sem registro na carteira deve tomar uma dose
  • Para quem tem registro de duas doses na carteira, sem contato com casos suspeitos ou confirmados, não precisa tomar a vacina
  • Nascidos antes de 1960 não precisa tomar a vacina
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