Na manhã desta quarta-feira (6), atletas e dirigentes das equipes de rugby, judô e esportes ACD (atletas com deficiência) que representam São José dos Campos participaram como voluntários do Movimento Covid-19 São José Sem Fome, que atende famílias carentes com situação agravada devido à pandemia.
O trabalho foi realizado no Centro de Distribuição do Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura e consistiu na montagem de kits emergenciais, carregamento de cerca de 30 veículos e entrega nos endereços cadastrados.
A ida dos esportistas joseenses foi apoiada pela empresa DM Card, que patrocina as equipes nas competições esportivas e, com a paralisação dos jogos, estendeu o apoio ao movimento por meio de seu programa Dedica Mais.
Até o dia 2 deste mês a campanha havia arrecadado 90.537 itens e R$ 201.148 por meio da vaquinha online, vindos de 2.385 doadores. O número de voluntários inscritos atingiu 198 pessoas.
O São José Sem Fome tem o apoio do Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura de São José dos Campos.
Trabalho gratificante
Moisés Rodrigues Duque, 31 anos, da equipe de rugby de São José, seleção brasileira e equipe olímpica, foi um dos participantes do trabalho voluntário da manhã. Sua função consistiu em separar alimentos nas sacolas e fechar kits para serem entregues a famílias cadastradas.
“Acho que esse movimento é uma luz de esperança para quem está passando um dos piores momentos da vida”, disse o atleta. “O rugby é um esporte muito solidário, o apoio é um dos fundamentos mais importantes da nossa modalidade e comparo a nossa solidariedade a uma final de campeonato”, acrescentou.
O peso pesado da equipe de judô Isaque Victor Medeiros Conserva, 32 anos, também sentiu que realizou uma tarefa importante para a população. “A sensação de fazer parte dessa campanha e ajudar as pessoas é muito boa, é uma forma de poder colaborar com que mais está precisando de apoio”, afirmou. Isaque ajudou a carregar os veículos com os kits.
A deficiência visual do atleta Alan Alex Nogueira das Neves, 29 anos, da equipe ACD (atleta com deficiência) de goalball da cidade, não o impediu de ajudar o São José Sem Fome. Segundo Alan, “é gratificante saber que a gente pode ajudar alguém nessa crise”.
O atleta disse ainda que vive a expectativa de tudo voltar ao normal com o controle da pandemia de coronavírus. “Enquanto isso, apoio plenamente as medidas de prevenção adotadas e fico à disposição para voltar a ajudar na campanha”, garantiu. “Gosto de ajudar as pessoas, ainda mais em um momento especial como este.”
Ação voluntária
O Movimento Covid19 São José Sem Fome tem o objetivo de levar gêneros alimentícios e itens de higiene para famílias afetadas pela pandemia no município. Segundo seus organizadores, a campanha é laica e apartidária.
De acordo com Marcos Librantz, um dos sete integrantes do núcleo do movimento, 23 mil famílias de inscreveram no primeiro ciclo da campanha. Até esta terça-feira (5), mais de 6.500 famílias haviam sido atendidas com a entrega de um kit emergencial contendo arroz, feijão, macarrão, óleo, molho de tomate, água sanitária e sabonete. Cerca de 30 motoristas voluntários estão entregando em média 500 kits por dia nos endereços cadastrados.
“A ideia é atender às 23 mil famílias cadastradas levando um kit para cada uma”, explicou Librantz. “Com as doações já recebidas, nosso potencial de atendimento está alcançando 50% e vai chegar a cerca de 11 mil famílias nos próximos dias.” Segundo ele, no momento não há previsão de reabrir as inscrições.
A campanha mantém 17 postos avançados de arrecadação formados por endereços de pessoas físicas e estabelecimentos comerciais, como mercados e outros empreendimentos. O ponto central de armazenamento das doações é o Centro de Distribuição do Fundo Social de Solidariedade, na região norte da cidade.
No CD, o manuseio das doações e a expedição são feitos de segunda a sexta-feira, a partir das 8h, com o carregamento de veículos de voluntários.
Como doar
A participação na campanha deve ser feita por meio do site www.sjcsemfome.com.br, tanto para a inscrição como voluntário quanto para a doação de alimentos e produtos de higiene. Os voluntários doam horas de trabalho para a retirada, manuseio, expedição e entrega das doações.
O doador de itens pode fazer a compra e enviá-la a um posto de coleta ou levar a doação para o Fundo Social. Também pode comprar em mercados que são postos avançados e entregar a doação no mesmo local.
Outra forma de doação é a vaquinha online, que também deve ser acessada no site. Pela vaquinha, a doação pode ser de gêneros ou financeira.
“A contribuição financeira serve para completar os kits com itens menos doados, como molho de tomate e água sanitária, ou também para comprar mais itens e aumentar o volume de kits”, acrescentou Marcos Librantz. “Ela também abre a possibilidade de doação para quem não pode sair de casa, por idade ou motivo de saúde.”
Transparência
A transparência é uma das principais preocupações dos organizadores do movimento. No próprio site existe uma área onde é atualizada semanalmente a prestação de contas das atividades. Este tem sido, segundo a direção do São José Sem Fome, um dos motivos de as doações, principalmente de empresas, estarem aumentado a cada dia.
No caso das empresas, o mais frequente tem sido a doação para compra de kits, que são adquiridos a preço de custo em mercados parceiros da campanha. Também em nome da transparência, o movimento recomenda que as doações de recursos financeiros sejam feitas por meio da vaquinha online, onde o destino dos recursos pode ser conferido.
Foto: Claudio Vieira/PMSJC
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