Empatia no trânsito: Relação Ciclistas X Motoristas

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Que o Urbanova é o bairro preferido para a prática de exercícios ao livre todo mundo sabe. Há os que se exercitam com regularidade, participam de equipes, grupos de corrida, ciclismo e, também os famosos “atletas de fim de semana”, que tomam conta das ruas do bairro, com o foco no lazer e bem estar!

Em 2017 a Prefeitura implantou faixas preferenciais para ciclistas nas principais avenidas do bairro. A sinalização na faixa direita tem o objetivo de alertar os motoristas sobre o compartilhamento do espaço com pedestres e ciclistas que utilizam o local para prática de esporte.

O fato é que a relação entre motoristas e atletas amadores e profissionais nem sempre é de respeito. No início do mês de março publicamos um vídeo em nossas redes sociais com o relato de uma mulher que afirma ter sido vítima do desrespeito de um ciclista na Avenida Paratehy. Segundo ela, em um sábado de manhã ela precisou parar o carro na faixa da direita para acudir o filho que estava passando mal. Ela ligou o pisca alerta e desceu do carro. O ciclista passou e xingou a mulher com muita agressividade por ela estar impedindo a passagem dele pela faixa da direita. A publicação teve uma enorme repercussão, com comentários de ódio, pessoas defendo o ciclista e culpando a vítima, motoristas dizendo que o correto é passar por cima dos ciclistas em um enfrentamento assustador!

O que se nota diante de tal situação é a falta de empatia de ambos os lados. “Se o ciclista respeitar e entender que a faixa é compartilhada e não exclusiva vai ajudar e o motorista respeitar e entender que o ciclista está ali treinando e/ou praticando atividade física, o que é muito bom e motivador para o bem comum”, disse o ciclista Marcelo Fioravante, conhecido como Capi.

A moradora do bairro Carmem Batista contou que acha muito positiva a presença de ciclistas e pedestres nas ruas e que considera esse um dos grandes diferenciais do bairro, mas relata que já vivenciou momentos de tensão no trânsito por condutas erradas dos ciclistas “Acho completamente possível uma boa relação entre os ciclistas e motoristas, basta que haja mais empatia entre as pessoas e respeito ao Código de Trânsito Brasileiro”, comentou.

Paulo Rogério Moreira é professor de Educação Física e técnico de ciclismo na categoria Mountain Bike do projeto Atleta Cidadão da Prefeitura Municipal de São José dos Campos. Há mais de 8 anos frequenta o bairro para a prática da modalidade e treinamento de jovens atletas. “Durante as aulas sempre ensino meus alunos a respeitarem as leis de trânsito, mantendo-se no lado direito da pista, assim não atrapalham o trânsito deixando espaço para os carros passarem e ainda sobrar espaço para a própria segurança, mais ainda assim existem motoristas que tiram fina de nós achando que ali não é lugar de bicicleta”, relatou.

O Código de Trânsito Brasileiro determina que durante a manobra de mudança de direção, o condutor deve ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem. Ameaçar o ciclista com o carro é infração gravíssima, passível de suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo e da habilitação.

Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo é considerado infração grave, passível de multa.

Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta é infração média.

O artigo 58 pontua que nas vias urbanas e rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

Ciclovias: Algumas vias do bairro contam com ciclovias, porém os triathletas e ciclistas alegam que não conseguem utilizar as ciclovias devido a velocidade de treino e tipo do pneu que apresenta instabilidade em ciclovias de paralelepípedos.

 

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