Por Nany Martins @awee4life
Alguém me disse um dia que o Brasil não é para negócios amadores, só os bons sobrevivem. Eu fiquei de pé e aplaudi. Infelizmente no meu dia a dia como mentora e consultora de empresas, chego a ficar em choque com a falta de profissionalismo das empresas, a maioria acredita que não precisa de uma estruturação ou de controles financeiros. As frases “eu sei que preciso fazer o financeiro, mas é chato, faço quando dá” ou “isso não é importante, preciso vender”, poderia escrever um post com as top 100 frases bizarras do mundo dos “quase negócios” que ouço por semana.
Agora, você sabe qual é o nosso objetivo, quando falamos em controles, em ter um fluxo de caixa? É ter o dinheiro suficiente para saldar os compromissos. E como a empresa tem compromissos que vencem diariamente, é preciso que ela tenha dinheiro diariamente. Simples demais.
Só que os micro e pequenos empresários costuma trabalhar na base da intuição. Eles acham que sabem de cor os compromissos que têm, quando entrará o dinheiro e de quanto será cada entrada.
Dessa forma, assumem compromissos baseados na memória e, quando menos esperam, aparece uma conta ou um imposto que não faziam parte de suas expectativas; ou não vendem o volume esperado.
E lá e vai nosso empresário, desesperado, correndo atrás de dinheiro. Paga altos juros, “queima estoques e, de qualquer forma, abre um rombo no orçamento precariamente equilibrado.
Geralmente, quem trabalha na base do improviso, costuma abrir um buraco para tampar o outro, só que casa buraco é sempre maior que o anterior. É o começo do fim de uma empresa possivelmente promissora.
Se não é esse o quadro que queremos para nossa empresa, está na hora de deixar de lado a administração por meio de memória e começar a fazer a notações do fluxo de caixa nem que seja em saco de pão, contendo as contas a pagar e receber.
Você sabe o que é ponto de equilíbrio?
O ponto de equilíbrio de uma empresa é o valor mínimo que ela deve faturar, de modo que, em um determinado tempo, ela consiga igualar o total de despesas com o total de receitas.
Traduzindo, quanto preciso faturar por mês, para ficar em zero a zero, isso é, sem lucro nem prejuízo.
Sua empresa tem despesas chamadas de custo fixo e variáveis. Os custos fixos são despesas inevitáveis, independente do quanto você produza, uma única peça ou um milhão por mês.
Alguns exemplos de custos fixos: aluguel, água, luz, telefone, encargos administrativos, folha de pagamento e tributos, IPTU e por ai vai.
Já os custos variáveis, crescem conforme aumenta a produção, exemplo: matéria prima, embalagens, insumos da produção, imposto de vendas, comissão, frete e a lista não para.
Você precisa saber todos os custos variáveis de cada item vendido, só assim saberá quanto lucro cada item está trazendo para o caixa.
Você ficará surpreso ao saber que alguns dos produtos mais vendidos pode está gerando prejuízo, enquanto o lucro de produtos desprezados está mantendo a empresa de pé.
Para mim, ser amador é não querer se profissionalizar, é aquele que deixa o ego falar mais alto do que as necessidades do negócio. Talvez você como dono da “firma” não imagine o quanto o SEU fracasso como empresário pode afetar vidas. Se você não for bem, sua família não estará bem financeiramente, você não será feliz e seus funcionários perderão os empregos. Logo as famílias sofrerão com os danos, você vai começar a atrasar os pagamentos dos fornecedores, que logo trará prejuízo para toda a cadeia.
Antes de abrir um negócio, faça pelo menos o básico, e depois vá se profissionalizando, mas não trate isso como se fosse um trabalho de faculdade.
Bons negócios!!
Nany Martins é mentora Executiva da Awee4Life.
Awee é uma empresa diferentona, que criou um método único para desenvolver profissionalmente empreendedores. Focada em pequenas e médias empresas, a Awee possui baixo custo, seu foco está na redução de mortalidade infantil das empresas. Awee vem desenvolvendo jovens empreendedores, gerando empregos e reduzindo a pobreza.
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