Esporte Adaptativo: onde a mágica acontece

Por @gisela.rao

A rotatória da avenida Shishima Hifumi parece um relógio, onde os ponteiros apontam para um portão de ferro verde. Lá dentro, a mágica acontece: pessoas se movimentam sem precisar de suas cadeiras de rodas, quem tem paralisia cerebral volta a sorrir, jovens que sofreram AVC ficam mais autoconfiantes, e todo mundo que entra sem esperança sai com brilho nos olhos. Sim, o esporte adaptativo no lago do Urbanova, sob a coordenação do professor Leandro Pereira, é o responsável por essa encantação. Estamos falando de caiaque, canoagem e handbike.

Mas o que faz um instrutor de esportes de aventura, como escalada e rafting, trocar a correnteza pela corrente do bem? “Como disse o poeta Mário Quintana: ‘Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.’ A escalada interior é a maior da nossa vida, por isso, é muito especial participar dessas transformações físicas e emocionais das pessoas com deficiência (PCD) e também dos seus familiares. A gente acaba aprendendo muito e eu sou muito grato porque tem uma troca o tempo inteiro” – revela Leandro.

O projeto, cada vez mais bem sucedido, chamou a atenção até do E.A.A.T. (Equipe de Ação e Acolhimento Terapêutico), braço da Cruz Vermelha de São José dos Campos, que leva profissionais da área de saúde para oferecer ainda mais acolhimento e atendimento humanitário.

Quer ser um elo dessa corrente do bem? Patrocinadores e Voluntários são bem-vindos! Afinal, como disse Dumbledore em “Harry Potter”: ‘Embora venhamos de lugares diferentes, falemos línguas diferentes, nossos corações batem como um só’.

Fotos: Edson Wander

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Gisela Rao é moradora do Urbanova, publicitária, jornalista e escritora. Repórter e blogueira do UOL na bagagem.

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