Autor de personagens icônicos e mais de 70 obras, Verissimo deixa legado marcado pelo humor e pela crítica social
O escritor Luis Fernando Verissimo, um dos nomes mais populares e respeitados da literatura brasileira contemporânea, morreu neste sábado (30), aos 88 anos, em Porto Alegre (RS). Ele estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento desde 11 de agosto e faleceu em decorrência de complicações de uma pneumonia, segundo informou a instituição.
Verissimo enfrentava problemas de saúde nos últimos anos. Diagnosticado com Parkinson e com histórico de doenças cardíacas — em 2016 chegou a implantar um marcapasso —, também sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2021, o que agravou suas limitações motoras e de comunicação.
Trajetória literária
Filho do consagrado escritor Erico Verissimo, Luis Fernando seguiu os passos do pai e construiu uma carreira sólida e versátil. Ao longo de mais de cinco décadas de atuação, escreveu mais de 70 livros, que somam mais de 5,6 milhões de exemplares vendidos.
Sua obra se destacou pela leveza e pelo humor, conquistando leitores de diferentes gerações. Nos jornais, publicou crônicas que retratavam com ironia e sensibilidade o cotidiano brasileiro. Já na literatura, criou personagens que marcaram época, como o detetive Ed Mort, o folclórico Analista de Bagé e a irreverente Velhinha de Taubaté, que se tornou símbolo da ingenuidade política.
Suas histórias ultrapassaram as páginas dos livros, chegando ao cinema, teatro e televisão, ampliando ainda mais seu alcance e influência cultural.
Legado
Reconhecido como um dos escritores mais lidos do Brasil, Luis Fernando Verissimo deixa uma obra que une humor, crítica social e reflexão sobre a vida. Sua escrita direta e acessível ajudou a formar gerações de leitores e permanece como parte essencial da literatura e da cultura brasileira.
O escritor deixa a esposa, Lúcia Helena Massa, três filhos e dois netos. Ainda não foram divulgadas informações sobre velório e sepultamento.
📸 Foto: Mateus Bruxel/Agência RBS
