Na noite dessa segunda-feira (6), o Ministério da Saúde informou que recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica, sendo 17 casos confirmados e 200 em investigação.
São Paulo concentra a maioria dos casos, com 82,49% das notificações: 15 confirmados e 164 em investigação. O Paraná registrou dois casos confirmados e quatro em apuração. Outros estados com notificações em investigação incluem Acre, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia e Rio Grande do Sul.
A ingestão de bebidas adulteradas com metanol pode parecer inofensiva nas primeiras horas, mas rapidamente evolui para um quadro grave.
Nos primeiros 12 horas, os sintomas incluem náusea, dor abdominal e tontura, e exames já podem indicar alterações no sangue. Até 24 horas, o fígado transforma o metanol em formaldeído e ácido fórmico, bloqueando a produção de energia das células, provocando visão borrada, fotofobia, respiração acelerada e confusão mental. Até 48 horas, o quadro pode evoluir para cegueira, convulsões, coma e falência múltipla de órgãos, aumentando o risco de morte.
O tratamento inclui antídotos, como fomepizol ou etanol, além de hemodiálise e suplementação com ácido fólico ou folínico. O diagnóstico rápido é fundamental, pois cada hora de atraso diminui a eficácia do tratamento.