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O tempo que temos

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Foto: Beatriz Barros

Por Claudia Del Corto

“Ainda assim acredito

Ser possível reunirmo-nos

Tempo Tempo Tempo

Num outro nível de vínculo

Tempo Tempo Tempo Tempo”

O tempo parece passar mais rápido e o ano entra na sua reta final. A percepção da sua passagem parece estranha e em muitos momentos não reconhecida.

Se perder temporalmente, sentir ansiedade para dar conta das atividades do dia e nos raros momentos de pausa se sentir inquieto e pouco focado são sensações comuns e que podem ser trabalhadas para uma melhor qualidade de vida.

Estamos passando pelas experiências de forma apressada por estarmos sempre em um movimento de antecipação para a próxima atividade e a seguinte.

Este movimento acelerado dificulta a construção da noção de tempo que é  tão importante para nós,  emocionalmente e cognitivamente. Prejudica o desenvolvimento de vínculos duradouros, afeta nossa forma de atenção, memória e organização do pensamento, sem falar na perda de qualidade nas relações que estabelecemos com o mundo.

O tempo passado não volta para ser vivido como desejávamos!

Será que nossa forma de lidar com o tempo contribui com o crescimento de nossas crianças e adolescentes em construções mais saudáveis, engajadas em construir processos? estamos permitindo que a experiência de tempo vá além da sua relação com compromissos? Quais experiências pessoais estão sendo construídas com nossos jovens nas suas relações temporais?

Pensar sobre isso pode ajudar a construir uma nova percepção sobre como vivenciamos a passagem do tempo.

Cláudia Del Corto mora e tem um espaço de atendimento em psicopedagogia e psicanálise no Urbanova

12 99139-3609

 

 

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