Parque Ribeirão Vermelho

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Parque Ribeirão Vermelho: o desejo de muitos e a decepção de outros

Opiniões se divergem quando o assunto é a implantação do Parque

capa40% das obras já estão concluídas e a população ainda discute se o parque trará benefícios ou prejuízos ao bairro. O projeto do Parque Ribeirão Vermelho foi lançado em 2011, mas só saiu do papel no ano passado quando a licitação foi realizada e ordem de serviço assinada pelo prefeito Carlinhos Almeida. “Sou contra e tenho vários motivos: um deles é sobre segurança ( que já não é o forte daqui) e acredito que o parque irá causar problemas de acúmulo de lixo e piora da dengue no nosso bairro”, disse a médica Fabiana Alves.

Já a publicitária Taís Vinha defende que o parque trará muitos benefícios à população. “O Urbanova e a cidade precisam desse espaço de esporte, lazer e encontro. Aqui vem atletas da cidade toda treinar. O bairro oferecer esse espaço faz todo sentido. Frequento vários parques e praças da cidade e em nenhum deles vejo os possíveis problemas apontados por alguns moradores. São locais frequentados por famílias, sem drogas ou violência. Por que aqui seria diferente? Já botamos tantos muros e nos apropriamos de tantos espaços públicos. Compartilhar um pouco do nosso bairro com os demais moradores da cidade é quase que nosso dever. Bem vindo parque do Ribeirão Vermelho e todos os seus frequentadores!”.

Ouvimos 50 moradores sobre o assunto e, a maior parte, apesar de ser a favor da implantação do parque e entender os inúmeros benefícios que o espaço irá proporcionar manifestou grande preocupação com a segurança. “Acho que será ótimo, apesar dos receios quanto à segurança, acho que o parque trará benefícios bem maiores e espero que cobremos segurança”, disse a moradora Juliana Pimentel.

Sobre a segurança no centro de lazer, o prefeito informou que está sendo feito um estudo para avaliar a possibilidade de incluir monitoramento por câmeras. Segurança particular ou por meio com a guarda civil municipal ele garantiu que terá.

O parque terá dois portões de entrada, sendo
que o acesso da área sul será pela avenida Maria de Lourdes Friggi
(continuação da Possidônio Freitas) e da área norte pela avenida Fernando
Sabino (ao lado do condomínio Paratehy). Outro fator preocupante é o fechamento que será feito por um gradil baixo, de cerca de 1 metro.   “Acredito que em princípio não há como não ser favorável à implantação de um parque público no Urbanova, ou em qualquer bairro. Mas também acho que devemos nos certificar de aspectos como segurança — gradil baixo não dá! — vigilância noturna, portarias com funcionários durante todo o período de funcionamento”, sugeriu a jornalista Fabíola de Oliveira.

Há menos de 6 meses da data prevista da entrega do Parque, a Revista Urbanova visitou as obras, na companhia do Assessor de Projetos e Orçamento e Diretor Interino da Secretaria de Obras, Elvis Vieira. Na ocasião ele afirmou que apesar de não ser aparente, a construção segue no ritmo esperado, com uma previsão de atraso, estimada em cerca de 30 dias. Sendo assim, a entrega do Parque deve ocorrer no mês de agosto deste ano.

No final de 2015 vieram à tona irregularidades ambientais. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) identificou em vistorias realizadas em setembro e outubro de 2015 problemas como: intervenção em Área de Preservação Ambiental com supressão de vegetação e supressão de vegetação em área verde.

“O parque não levou em consideração a área de transição para a APP e está situado, com um aterro imenso, sobre uma área de manancial, onde havia diversas nascentes do Ribeirão Vermelho. A tendência geológica do lugar é voltar a encher de água, até pela pressão exercida pelo aterro sobre as águas que se encontram depositadas logo abaixo de uma fina camada de solo. O aterro já apresenta sinais evidentes de saturamento nos dias de chuvas, ele não tem poder de absorver a água, e isso comprometerá qualquer tipo de construção feita no local. Novamente uma obra eleitoreira, feita com anuência dos políticos que se dizem representantes locais, pode se transformar uma obra com gravíssimas deficiências, além de criminosa sob o ponto de vista ambiental. Ali é um vale formado pelo Ribeirão Vermelho e por várias lagoas, hoje aterradas.”, argumentou o jornalista científico Julio Ottoboni.

A Secretaria de Obras informou que foram removidas “apenas” vegetações rasteiras, porém, a CETESB constatou a supressão de árvores nativas em formação, plantadas há cerca de 10 anos, conforme TCRA – Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental nº 141/03 84868/13.

Segundo a CETESB, a Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Serviços Municipais foram orientadas quanto às irregularidades e já entraram com processo para regularização das obras em execução.

Ainda não se sabe se a Prefeitura será punida pelos os danos ambientais. “A CETESB está concluindo a análise dos relatórios para avaliar as ações cabíveis”, informou a companhia por meio de nota.

Estrutura: o parque terá infraestrutura para prática esportiva, cultura e preservação do meio ambiente. Com mais de 250 mil metros quadrados, o novo parque será uma opção de lazer para a comunidade. Serão mantidos e preservados cerca de 120 mil metros quadrados de área nativa e, no restante da área serão construídas quadras poliesportivas, um teatro, pista de skate, caminhada, ciclovia, playground, quiosques e lanchonete.

O projeto executivo prevê o fechamento completo
do parque com o uso de gradil metálico e implantação de uma nova academia ao ar livre (o bairro tem uma academia ao ar livre na Av. Shishima Hifumi).

Investimento: O Parque Ribeirão Vermelho faz de um programa de investimentos firmado com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), com destinação específica para cada área proposta, como é o caso da implantação dos parques.

Além disso, a instalação de um parque público no Urbanova é diretriz do Plano Diretor da cidade e atende a necessidade de conservação ambiental para o local onde será implantado.

O custo da obra será de R$ 11.899.824,60

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