Relação Ciclistas x Motoristas: Relato de uma ciclista

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Que o Urbanova é o bairro preferido para a prática de exercícios ao livre todo mundo sabe. Há os que se exercitam com regularidade, participam de equipes, grupos de corrida, ciclismo e, também os famosos “atletas de fim de semana”, que tomam conta das ruas do bairro, com o foco no lazer e bem estar!

Em 2017 a Prefeitura implantou faixas preferenciais para ciclistas nas principais avenidas do bairro. A sinalização na faixa direita tem o objetivo de alertar os motoristas sobre o compartilhamento do espaço com pedestres e ciclistas que utilizam o local para prática de esporte.

O fato é que a relação entre motoristas e atletas amadores e profissionais nem sempre é de respeito. No começo de 2017, Amanda Guimarães (25) moradora do bairro, iniciou a prática do ciclismo. Logo se apaixonou e passou a investir nos treinamentos e bicicletas mais profissionais.

No início de 2019, Amanda sofreu seu primeiro acidente no Urbanova. “A bicicleta teve todo o aro traseiro arrebentado, mas isso foi o de menos. Fui direto com a cabeça no chão, o capacete recebeu todo impacto, trincou e abriu.”  Duas semanas depois do acidente, Amanda voltou a treinar com mais intensidade. Pouco tempo depois, ela trocou novamente sua bicicleta e decidiu a começar a competir.

Após o acidente, Amanda optou por treinar na Via Oeste, onde a pista é contínua, reta e mais segura.

No dia 4 de setembro deste ano, passando pela Shishima Hifumi, sentido centro ela sofreu outro acidente. “Sempre andei na pista da direta. Quando estava quase chegando na ponte do Rio Paraíba, um carro passou muito próximo a minha bicicleta e o retrovisor pegou no guidão da bike. Nesse momento passei por um poste, perdi o equilíbrio e caí na lateral do carro. Nessa lateral eu fui me arrastando, porque o carro continuou andando.”

As consequências desse acidente foram mais sérias e ela ainda se recupera.  “Meu capacete quebrou novamente e fraturei a clavícula. Ainda estou me recuperando e tenho expectativa de voltar a pedalar em janeiro”

Ela publicou em suas redes sociais o relato do acidente e detalhes de sua recuperação. O post teve um grande alcance e despertou o desejo de conscientizar motoristas e ciclistas sobre o respeito que ambos devem ter no trânsito. “Os motoristas precisam respeitar o limite de velocidade e as sinalizações. No caso do primeiro acidente, se o motorista estivesse na velocidade da via, poderia ter evitado. O mesmo vale para os ciclistas, a responsabilidade precisa ser dos dois lados. Fica aqui meu apelo aos motoristas e aos amigos ciclistas”.

Código de Trânsito

O Código de Trânsito Brasileiro determina que durante a manobra de mudança de direção, o condutor deve ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem. Ameaçar o ciclista com o carro é infração gravíssima, passível de suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo e da habilitação.

Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo é considerado infração grave, passível de multa.

Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta é infração média.

O artigo 58 pontua que nas vias urbanas e rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.

Ciclovias: Algumas vias do bairro contam com ciclovias, porém os triathletas e ciclistas alegam que não conseguem utilizar as ciclovias devido a velocidade de treino e tipo do pneu que apresenta instabilidade em ciclovias de paralelepípedos.

 

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1 COMENTÁRIO

  1. A falta de respeito ainda é bastante frequente no trânsito. Eu não tenho coragem de sair com a bicicleta por causa de casos como esse. Tenho um marido ciclista que já sofreu diversos acidentes nas ruas. Enquanto não houver punição real para quem comete esse tipo de atitude imprudente, a vida ainda estará em risco sobre duas rodas.

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