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Sabesp retira bloco de concreto da rede de esgoto no Urbanova e reforça alerta sobre lixo descartado indevidamente

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Materiais causam obstruções e prejuízos aos moradores; entre os principais vilões estão óleo de cozinha, panos, fraldas e embalagens

A Sabesp fez um alerta à população sobre os prejuízos causados pelo descarte irregular de lixo na rede de esgoto. Mesmo com o trabalho de manutenção e limpeza preventiva, a companhia informou que o despejo de resíduos inadequados ainda é responsável por cerca de 85% dos casos de entupimento na região do Vale do Paraíba.

“É fundamental que todos compreendam: vaso sanitário e ralos não são lixeiras. O descarte incorreto causa obstruções na rede, extravasamentos, mau cheiro e até riscos à saúde pública”, destaca Gabriela Clé Azeredo, gerente regional da Sabesp.

A Sabesp relatou que nas ações de manutenção realizadas em São José dos Campos e cidades vizinhas, as equipes frequentemente encontram objetos como preservativos, absorventes, fraldas descartáveis, embalagens plásticas, estopas, pedaços de pano e até peças íntimas, como calcinhas e sutiãs.

No Urbanova, um caso recente chamou a atenção: um bloco de concreto foi retirado de dentro de um poço de visita (PV), estrutura usada para inspeção e manutenção das redes de esgoto. “É difícil imaginar como alguém pode jogar um bloco de concreto na rede. Esse tipo de atitude prejudica toda a comunidade”, alerta Jorge Amorim, responsável pela manutenção de redes da companhia em São José dos Campos.

Além de objetos sólidos, o descarte de óleo de cozinha nos ralos segue como um dos principais causadores de entupimentos. O óleo, ao entrar em contato com a água fria e com outros resíduos presentes na rede, forma crostas semelhantes ao concreto, dificultando ainda mais o escoamento do esgoto.

Excesso de gordura na rede de esgoto

Outro hábito prejudicial é o descarte de papel higiênico no vaso sanitário. “Mesmo parecendo inofensivo, o acúmulo desse material pode formar verdadeiros blocos que impedem a passagem do esgoto”, explica o engenheiro Fábio Nakano, responsável pela operação de esgotos da Sabesp no Vale do Paraíba.

De janeiro a junho deste ano, foram realizadas quase 6 mil desobstruções de redes de esgoto nas 24 cidades atendidas pela Sabesp na região. Todo o material removido recebe destinação ambientalmente adequada em aterros sanitários dos próprios municípios.

Pano de prato entre o lixo descartado na rede

Tecnologia para diagnóstico rápido

Desde maio, a Sabesp passou a utilizar o equipamento Infosense, que permite mapear rapidamente grandes trechos da rede coletora sem necessidade de escavações. A tecnologia funciona por meio de sensores que emitem e captam sinais acústicos, analisando a integridade das tubulações.

Com essa leitura, é possível localizar com precisão obstruções, infiltrações, rompimentos e até ligações irregulares. Quando detectado um problema, as equipes especializadas são acionadas para realizar o desentupimento com equipamentos de alta pressão.

“A inspeção acústica vem se consolidando como uma ferramenta estratégica para garantir o bom funcionamento das redes de esgoto e reduzir custos operacionais, além de ser uma solução sustentável e eficiente”, afirma Gabriela Clé.

A Sabesp reforça que o serviço de desobstrução pode ser solicitado pela Central de Atendimento (0800 055 0195), pelo WhatsApp (11 3388-8000) ou pela Agência Virtual no site www.sabesp.com.br.

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