Saiba mais sobre o novo empreendimento que será construído na Avenida Shishima Hifumi

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Foto: Divulgação

Teve início nesta semana uma obra na Avenida Shishima Hifumi, em frente ao ponto comercial da Padaria Tentação. O local da construção chamou a atenção pela proximidade com a Área de Preservação Permanente e Rio Paraíba e, ainda, pela obstrução da calçada.

Entramos em contato com a Prefeitura e com os responsáveis pela construção.  “A Prefeitura de São José dos Campos informa que a construção teve projeto aprovado e a edificação atende a legislação ambiental, respeitando a área de APP (Área de Preservação Permanente). A equipe de fiscalização de obras particulares foi até o local para verificar a posição do tapume e notificou o responsável em relação ao recuo do mesmo”, esclareceu a Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade.

A obra em questão é um novo ponto comercial de três andares, sob a responsabilidade da Amira Engenharia e projeto arquitetônico desenvolvido pela arquiteta Vivien Anselmo.

“A obra conta com princípios ecológicos das novas construções. Primeiramente, a obra ocupa um espaço de terreno de 200 m², único espaço não incluso dentro da mata ciliar do Rio Paraíba do Sul que ocupa os demais 4.700,00 m² de terreno, preservados na forma da APP. Isso gerou um problema de logística para os construtores que optaram por fazer um tapume avançado sobre parte do passeio público cercando o canteiro de obras de modo a poder utilizar este espaço para o armazenamento de materiais e insumos para a obra”, explicou a construtora.

Os responsáveis pela construção esclareceram, ainda, que foram implementadas duas ações ecológicas iniciais:

–  O canteiro situado nessa posição evita danos à mata preservada, pois o estoque e manuseio dos materiais brutos poderia gerar acidentes como a derrubada acidental de pequenas árvores ou o sufocamento de arbustos nativos por assoreamento ou inundação dos trechos;

–  Os tapumes foram feitos com estruturas de madeiras de reflorestamento, protegidas contra a umidade e fechados com telhas galvanizadas aparafusadas, permitindo sua desmontagem e reutilização em outras obras até o fim de sua vida útil e nessa fase permitindo um descarte correto através de reciclagem.

Nos projetos arquitetônicos a arquiteta optou pela construção metálica, com um mínimo de paredes e contendo muitas áreas envidraçadas, permitindo a integração da construção ao meio ambiente da mata ao redor.

“A obra se torna sustentável pois utiliza materiais 100% recicláveis, como o aço e o vidro, e toda a alvenaria e lajes poderão ser moídas e recicladas para nova utilização numa construção futura. O projetista da estrutura optou por usar lajes de formas corroborantes (steel deck), que não necessitam escoramentos para sua construção, nem caixarias de madeira para as formas das peças em concreto. A fundação será feita em forma de ‘radier” que é uma laje armada sobre o solo, a qual também pode ser completamente demolida e moída para o caso de uma futura reciclagem dos materiais, ao contrário das fundações convencionais que ficam enterradas no solo nativo atrapalhando novas obras ou contaminando o solo no caso de demolições parciais ou malfeitas. Também não serão utilizados forros e revestimentos em gesso acartonado, altamente tóxicos ao meio ambiente e que impedem a reciclagem dos demais materiais aos quais estão aderidos. Complementando, a obra receberá um cogerador fotovoltaico para reduzir o consumo de energia elétrica da rede pública e um sistema de aquecimento de água por coletores solares, com o mesmo objetivo de poupar a energia da rede; entre outras técnicas.

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