Início Direito Condominial e Associativo Segurança Condominial: dicas práticas e efetivas

Segurança Condominial: dicas práticas e efetivas

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Por Patrícia Nuñez

Uma vida mais segura é um dos fatores que mais levam pessoas a buscarem uma residência em condomínio ou loteamento fechado. Por tal motivo, essa deve ser uma das maiores preocupações dos gestores, síndicos e administradores, que manter-se atentos a práticas de segurança, fiscalização e implementação de projetos que reduzam a vulnerabilidade do local onde exerçam suas atribuições. Pensando nisso, trago dicas práticas e efetivas para ajudá-los a transformar e manter seguro seu condomínio ou loteamento fechado.

O primeiro passo a ser trilhado é a realização de uma análise de risco, podendo contar com a avaliação de um profissional de segurança especializado, conjuntamente com uma comissão de segurança formada por moradores.

A ideia aqui deve ser a de implantar projetos adequados e personalizados, adaptáveis ao perfil trabalhado, visando um custo-benefício e resultados satisfatórios no longo prazo. Com a análise de risco, que se traduzirá em um projeto efetivo, surge então a necessidade de que sejam corretamente interligadas as barreiras físicas (como cercas elétricas, estrutura física de portaria, concertina, entre outros) e as tecnologias (como sistema de CFTV, softwares, alarmes, sensores, por exemplo), sem afastar as considerações cabíveis quanto ao binômia da necessidade e possibilidade.

A próxima etapa envolve a análise do componente mais humano da equação, a mão-de-obra efetiva, que deve incluir treinamento eficaz e contínuo aos colaboradores. Especialmente no que se refere aos porteiros e vigilantes, deve haver permanente qualificação ao cargo com conhecimento do manual de procedimentos internos, regulamento e convenção/estatuto vigente, independentemente de se tratar de funcionários orgânicos (contratação direta) ou terceirizados.

Contudo, mesmo com a utilização de barreiras físicas adequadas, tecnológicas recentes e treinamento da equipe de colaboradores destacada, outro fator fundamental para a segurança dos condomínios e loteamentos fechados é a conscientização dos moradores quanto ao seu papel na comunidade. A segurança não está limitada somente ao papel dos síndicos e gestores, cabendo aos moradores a cautela necessária para evitar ou aumentar riscos existentes. Para tanto, recomenda-se a criação de meios de orientação para estimular os cuidados necessários e informação ostensiva.

Por fim, todo o apresentado e implementado será em vão se não nos atentarmos para a fiscalização de todo o processo implementado, lembrando que a segurança é uma construção diária, perene e árdua. Nunca será tarde demais para rever procedimentos e atualizar seu projeto de segurança, pois devemos nos atentar à realidade que nos cerca. Com muito esforço, sua coletividade poderá colher os frutos de um trabalho planejado e bem realizado.

Patrícia Nuñez é síndica profissional, especialista em Gestão de Condomínios, palestrante, mediadora de conflitos, colunista do portal Papo Condominial, praticante de CNV (Comunicação não violenta) em condomínios.

Instagram: @patricianunez.gc

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