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Exclusivo: Um novo Urbanova está nascendo

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Foto: Jaide Menezes/MZ Multimídia

Se você tem o costume de transitar apenas pela parte baixa e mais antiga do Urbanova (Avenida Shishima Hifumi e Possidônio José de Freitas) com certeza vai se surpreender com a rápida expansão na região do Colinas do Paratehy. Vamos inserir nesse contexto de “Novo Urbanova” os seguintes residenciais: Colinas do Paratehy Norte e Sul,  Mont Blanc, Monte Carlo, Mônaco, Alphaville, Reserva do Paratehy, Jaguary, Vivant e Terras Alpha, completando, portanto 9 núcleos habitacionais.

A região tem atualmente 589 casas habitadas, o que corresponde a uma população de quase 2.000 pessoas. Existem atualmente 3.017 lotes e 557 obras em andamento. A obra de um Boulevard com 9 lojas está adiantada e a área é considerada promissora por investidores. A região já conta com uma pizzaria, cervejaria, escola de Educação Infantil e 4 empresas. Também existem praças, parquinhos e quadras públicas, construídas pelos empreendimentos como parte das contrapartidas exigidas pela Prefeitura.

O que chama atenção na região é a construção de diversos prédios, que tem de 13 a 21 andares. Nove deles já estão aprovados pela Prefeitura e um encontra-se em análise. Segundo a Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade, não existem lotes remanescentes na zona mista – que permite a construção de empreendimentos verticais.

A principal preocupação é o impacto de tamanha expansão imobiliária no trânsito. “Com relação aos prédios em desenvolvimento na região do Urbanova, os empreendimentos caracterizados como polos geradores de médio e grande impacto passam por nossa análise para definição das medidas mitigadoras necessárias para sua implantação”, informou a Secretaria de Mobilidade Urbana.

Questionada sobre a obra anunciada pela Prefeitura na Avenida Linneu de Moura para melhorar a fluidez no trânsito, a Secretaria de Mobilidade Urbana informou, apenas, que estuda ajustes no pacote de melhorias viárias no trecho de acesso ao bairro Urbanova.

No mês de maio, em entrevista a Revista Urbanova, o prefeito Anderson Farias informou que estavam previstas obras na rotatória do Thermas do Vale, Jardim do Golfe e extensão da terceira faixa por toda a avenida Linneu de Moura. Segundo ele, os projetos  já estavam prontos. “Só estamos aguardado algumas decisões judiciais e assim que tudo for liberado em 30, 40 dias vamos iniciar as obras“, disse o prefeito em maio deste ano.

Há anos, a população espera a implantação de uma alternativa de acesso, mas os planos continuam apenas no papel. O novo acesso faz parte do Plano de Governo de Felício Ramuth, mas, ainda quando prefeito foi questionado por nossa equipe e respondeu que a promessa estava associada às contrapartidas dos novos loteamentos do bairro.

E é aí que mora o problema. O Consórcio Urbanova foi firmado em 1997 entre 17 loteadores, mas, somente 5 contribuíram até agora, com o valor atualizado de 13 milhões e 800 mil reais. Os demais só têm a obrigação de pagar a contrapartida quando os empreendimentos forem lançados. Mesmo assim, se todos pagarem agora, o valor não chegará a 30 milhões. O investimento em uma obra desse porte é estimado entre 80 a 100 milhões. “Não é essa a questão. Isso o município já sabe. O que cabe ao município é fazer primeiro o encaixe que chega até o Urbanova, através da ponte, juntamente com os demais loteamentos, que vão se conectando uns aos outros. Eles devem fazer sua parte doando a área, executando o sistema viário para que, no futuro a Prefeitura faça essa conexão, desde a região do Esplanada, ou atravessando pelo Rio Paraíba pela estrada do Jockey, enfim para que a gente ache o melhor modelo para o segundo acesso do Urbanova“, informou o prefeito Anderson Farias na entrevista realizada no mês de maio.

Na região da Urbanova ainda existem glebas, que para sua ocupação, deverão ser parceladas sob a forma de loteamentos. A Lei Complementar n. 623, de 2019, Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de São José dos Campos, estabelece os zoneamentos ZR (Zona Residencial) e ZPE2 (Zona de Planejamento Específico Dois) para essas áreas.

“A ZR admite somente o residencial unifamiliar característico dos loteamentos fechados, já existentes na Urbanova. Enquanto que a ZPE2 compreende as glebas vazias que necessitam de orientação para a ocupação urbana objetivando principalmente a formação de novas centralidades, mediante a apresentação de Plano de Ocupação Específica”, explicou o Secretário de Urbanismo e Sustentabilidade, Marcelo Manara.

Nova via

Uma nova via está sendo construída entre o loteamento Terras Alpha e a Avenida Paratehy, onde se localiza o Parque Ribeirão Vermelho. Segundo a Prefeitura, a via faz parte da aprovação do loteamento e trata-se de uma contrapartida viária exigida para ligação entre os loteamentos Reserva do Paratey e Terras Alpha. “A via está prevista na Macroestrutura Viária do Município, que consta do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, aprovado pela Lei Complementar municipal n. 612/2018. A obra encontra-se devidamente licenciada pelos órgãos ambientais – Certificado GRAPROHAB n. 415/19, sendo que as Áreas Verdes e de Preservação Permanente fazem parte de um corredor ecológico que interligam diferentes nascentes no entorno do loteamento ao Córrego Ribeirão Vermelho e outros remanescentes de vegetação existentes na região”, informou a Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade.

Ainda não foi divulgada a previsão de inauguração da nova via. “A conexão com o Paratehy depende de uma área de terceiros. O município está avaliando a viabilidade da implantação”, informou a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).

Em relação a área mencionada pela Semob, a administração do Reserva do Paratehy, por meio de sua Diretoria, informou que aguarda a conclusão da reavaliação de área em processo de desapropriação que tramita na Prefeitura de São José dos Campos e que abrangerá o trecho tido como necessário pelo Município para a conclusão da conexão viária com o Terras Alpha, devendo ser viabilizada a liberação para execução de obras nas próximas semanas.

A Secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade informou, também, que de acordo com o Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental, a compensação das obras será realizada através do plantio de 19.717 mudas, cobrindo uma área de 118.301,90m2, além da construção, sob a referida via, de 04 travessias de fauna, passagens subterrâneas dimensionadas para que os animais que habitam a região possam transitar em segurança entre as áreas de vegetação. “Todo o processo será registrado através de relatórios fotográficos que deverão ser apresentados semestralmente à CETESB, até que a vegetação atinja a autossustentabilidade”, explicou Manara.

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