O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (17), manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. O índice, o mais alto desde 2006, mantém o Brasil na segunda posição no ranking global de maiores taxas de juros.
Com a decisão, o país torna-se atrativo para investidores internacionais, principalmente em aplicações de renda fixa. Isso porque, além da alta rentabilidade oferecida, o diferencial em relação aos juros praticados nos Estados Unidos aumentou após o Federal Reserve (Fed), banco central americano, reduzir sua taxa em 0,25 ponto percentual.
Com o corte promovido pelo Fed, a diferença entre as taxas do Brasil e dos EUA chega a aproximadamente 11 pontos percentuais. Esse cenário favorece operações conhecidas como carry trade, em que investidores captam recursos a juros mais baixos no exterior para aplicar em ativos brasileiros, aproveitando o ganho na diferença de rentabilidade.