No mês de junho, o Urbanova recebeu novos radares. Agora o bairro conta com 8 equipamentos, sendo 3 na Av. Lineu de Moura, 3 na Av. Shishima Hifumi, 1 na Av. Possidônio José de Freitas e 1 na estrada do Jaguary.
Os equipamentos constituem o Portal de Segurança, uma das promessas do prefeito Felício Ramuth para aumentar a segurança da população. Além do controle de velocidade, os radares possuem câmeras com tecnologia OCR (Reconhecimento de Caracteres Óticos) com sistema interligado, em tempo real, com as bases da Polícia Militar e do COI (Centro de Operações Integradas).
A estrada do Jaguary foi, por muitas vezes, utilizada como rota de fuga de bandidos, por ser uma via deserta, e agora passa a ser monitorada.
Dúvidas: a falta de sinalização gerou dúvidas e preocupação. Fizemos um levantamento dos questionamentos em nossas redes sociais e conversamos com o Secretário de Mobilidade Urbana, Paulo Guimarães com a finalidade de entender o novo sistema de fiscalização.
(Entrevista realizada no dia 29 de junho)
Revista Urbanova: Secretário, todos os equipamentos do Urbanova tem a mesma finalidade?
Paulo Guimarães: O conceito principal é criar um grande sistema de monitoramento eletrônico na cidade, direcionado para veículos. Nosso sistema é formado por 5 modelos de equipamentos e 3 grupos de atividades. São eles: radares fixos (pardais) lombadas eletrônicas (display de velocidade), avanços de sinal vermelho (monitoram a velocidade), portais eletrônicos (não fazem controle de velocidade) e radares estáticos (móveis).
Todas as imagens são reunidas em uma central que captura as informações de todos os equipamentos, processa e distribui para os órgãos competentes.
Existem os equipamentos metrológicos, que fazem a medição de velocidade, não metrológicos que fazem apenas o monitoramento e o que chamamos de infraestrutura, que são equipamentos não ativos.
É possível identificar os diferentes tipos de equipamentos?
Não, pois eles apresentam as mesmas características físicas e, isso é proposital. Eles têm custos diferentes, então optamos em adotar esses três modelos como uma forma de economizar recurso. É um sistema mais barato, com grande abrangência de fiscalização. O objetivo principal é inibir o excesso de velocidade e, não necessariamente, fazer arrecadação de multas.
Todos os radares do Urbanova já estão funcionando?
Para o início da operação dos equipamentos, passamos por três fases: implantação, verificação INMETRO e adequação da sinalização.
Os equipamentos que fiscalizam velocidade só entram em funcionamento depois que forem cumpridas essas três etapas. Ninguém será multado de forma injusta. Caso alguém receba multa indevida, temos condições de verificar se houve algum erro por meio das imagens e laudos do INMETRO.
Por que a sinalização em alguns radares está no equipamento e não um pouco antes para alertar os motoristas?
Os radares que fiscalizam a velocidade dependem de um estudo técnico e tem uma regra para colocação da sinalização. A indicação de velocidade da via tem que estar de 100 a 300 metros antes do equipamento, só que isso é feito pela equipe de engenharia, porém, a própria equipe de implantação como uma forma de auxiliar os motoristas, se antecipou e instalou placas nos equipamentos. Desta forma, os equipamentos que não tem sinalização entre 100 a 300 metros antes, ainda não estão aptos a fiscalizar a velocidade.
Como é feito esse monitoramento eletrônico?
A câmera captura a imagem do veículo, registra a placa, lê automaticamente essas informações e envia para o sistema, com ligação com o COI, Polícia Militar e Polícia Civil, desta forma os órgãos de segurança conseguem fazer o rastro do veículo por toda a cidade.
Na prática funciona assim: ao passar pelo equipamento ele tira foto do seu veículo e “pergunta” ao sistema: esse veículo cometeu uma infração de velocidade? Em caso negativo é arquivada uma foto pequena. Se houver uma infração de velocidade, a imagem é arquivada em dois formatos e vai para o processamento de multas e fica guardada durante todo o período do contrato para efeito de recurso.
Por que existem limites de velocidade diferentes em uma mesma via?
No caso da Av. Lineu de Moura, ela é dividida em duas partes: uma que vai do Thermas do Vale à rotatória do Jardim do Golfe e outra que vai da rotatória até a ponte. Nesse primeiro trecho, a velocidade é 50 km devido às escolas presentes na via e demanda de travessia de pedestres na rotatória do Jardim do Golfe e Clube Santa Rita. É importante ressaltar que nessa rotatória já foram registrados muitos acidentes e, é um trecho em curva. Após a rotatória a velocidade passa a ser 60 km.
A velocidade de 50 km na subida da Av. Shishima Hifumi foi questionada por muitos motoristas.
Ali temos dois equipamentos em um só. O radar que monitora a velocidade na descida, até por conta dos fluxos e, o equipamento na subida para fazer o monitoramento. Então, temos esse equipamento, um na saída do Jaguary e outro na rotatória de entrada do bairro, desta forma fechamos o cerco eletrônico. Conforme expliquei acima, são tipos variados de equipamento e não necessariamente temos a fiscalização de velocidade na subida.
Não divulgamos as quantidades de cada tipo de equipamento e nem onde eles estão porque trabalhamos com sistema de rodizio e, mais uma vez, nossa estratégia é fazer com que com que a fiscalização aconteça.
Assista a entrevista completa no canal youtube.com/revistaurbanova ou no canal da Revista Urbanova no IGTV.
MONITORAMENTO
O Urbanova conta com 8 equipamentos de radar com câmera com a tecnologia OCR. Você sabe como é feito o monitoramento dessas imagens?
O sistema é de responsabilidade da Secretaria de Mobilidade Urbana. Com o término da implantação as imagens serão integradas ao COI (Centro de Operações Integradas e ao CCO (Centro de Controle Operacional).
O sistema atual é composto por 492 câmeras. De acordo com a disponibilidade, é feito um revezamento automático de, em média, seis câmeras por monitor de videowall, dos 16 existentes, sendo revezadas quatro imagens por vez. Quando na sua capacidade máxima, o sistema vai revezar um total de 384 câmeras sendo acessadas no videowall. Utilizam-se critérios de acordo com cada ente integrado. Por exemplo, a Sasc (Secretaria de Apoio Social ao Cidadão) precisa monitorar locais onde haja maior fluxo de pessoas em situação de vulnerabilidade, então são selecionadas câmeras em locais indicados por ela.
Diferença câmera acoplada ao radar e as câmeras de monitoramento: As câmeras acopladas aos radares têm a função de fazer leitura de placas e registrar as passagens ao serem confrontadas com sistemas inteligentes, como o Detecta da PM. Geram alertas sobre a situação de carros produtos de roubo ou furto e outras funcionalidades. As câmeras de monitoramento fazem gravações que podem complementar os dados captados e auxiliar em investigações das mais diversas naturezas.
Papel do cidadão: Todo cidadão, ao observar situação irregular de qualquer natureza e verificar existência de câmeras nas proximidades, pode exercer um papel ativo e ajudar as autoridades administrativas fazendo denúncias pelos canais abertos a esta finalidade, como os serviços 156 e 190.
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