O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), foi afastado temporariamente do cargo nesta quinta-feira (6) por decisão judicial. A determinação ocorreu durante a segunda fase da Operação Copia e Cola da Polícia Federal, que investiga irregularidades em contratos da Saúde municipal. O afastamento inicial é de 180 dias, podendo ser prorrogado ou revogado, sem implicar, por enquanto, em perda de mandato ou penalidade administrativa.
O vice-prefeito Fernando Neto (PSD) assumirá a prefeitura durante o período. A Justiça também determinou medidas cautelares, incluindo suspensão de função pública e proibição de contato com determinadas pessoas.
Investigação da Polícia Federal
A Operação Copia e Cola investiga a contratação emergencial de uma organização social sem fins lucrativos pela Prefeitura de Sorocaba, suspeita de desvios de recursos públicos. Durante a ação, duas pessoas foram presas, incluindo o empresário Marco Mott, amigo do prefeito, apontado como intermediário da propina.
A Polícia Federal cumpriu sete mandados de busca e apreensão, e o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) autorizou o sequestro e a indisponibilidade de bens de alguns investigados, avaliados em cerca de R$ 6,5 milhões. A identidade completa dos alvos não foi divulgada pela PF.
Repercussão e posicionamento de Rodrigo Manga
Rodrigo Manga está em Brasília e associou o afastamento à sua presença na capital federal. Em vídeo divulgado nas redes sociais, afirmou: “Os caras tentam tirar do jogo qualquer um que ameaça a candidatura deles”.
O prefeito disse que esteve no Palácio da Justiça para solicitar apoio do Exército em operações de segurança urbana.
Histórico da Operação Copia e Cola
A primeira fase da Operação Copia e Cola ocorreu em 10 de abril, com Rodrigo Manga como um dos alvos. Na época, o prefeito ganhou visibilidade nacional por vídeos curtos sobre projetos da cidade publicados nas redes sociais.
