Ser tão bonzinho é realmente tão bom assim?

0

Por Claudia Del Corto

Esta reflexão surgiu enquanto eu estava na fila do supermercado, escutando uma mãe conversando com outra pessoa sobre seu filho. Ela comentava que ele era uma graça e nunca causava problemas, sempre sendo muito tranquilo e educado. Naquele momento, vi o menino de aproximadamente 4 anos quieto e esperando pacientemente na fila, que já durava 25 minutos.

Embora seja ótimo quando uma criança colabora em situações do dia a dia, essa conversa me fez pensar sobre aquele menino. Para a mãe ele nunca causava problemas, mas qual seria o custo para ele? Quanta energia estaria ele gastando para reprimir seus desejos e suas necessidades? É claro que ser educado é importante, mas às vezes pedimos para que nossas crianças contenham sua expressão e espontaneidade de forma a atender aos nossos desejos de adultos.

Então, qual é o limite? Isso depende de cada família e de cada criança. Algumas crianças conseguem esperar pacientemente, enquanto outras precisam se movimentar e explorar. É preciso avaliarmos em que contextos estamos colocando nossas crianças e se o que esperamos delas realmente é o melhor para o seu bem-estar emocional. É importante encontrar um equilíbrio entre deixar a criança ser livre e expressar-se, mas também sem submetê-la às nossas necessidades e desejos. Assim, poderemos nos aproximar do que é a verdadeira essência da infância e permitir que nossas crianças experimentem isso de forma saudável.

Cláudia Del Corto é pedagoga com especialização em psicopedagogia e psicanálise. 

Atendimento no Urbanova: Avenida Antônio Widmer, 827 – Sala 6 – Urbanova

(12) 99139-3609

Fique por dentro de tudo o que acontece no Urbanova e região !
Siga nosso Instagram: @revistaurbanova
Clique aqui e faça parte do nosso grupo de notícias no WhatsApp!
Sugestões de pauta:jornalismo@revistaurbanova.com.br
Comercial: comercial@revistaurbanova.com.br

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui